“Eu sentia essa angústia do torcedor, e essa angústia vinha para mim. A coisa foi ficando pesada para se carregar. E veio em mim uma certa infelicidade. Eu sempre disse que eu só trabalho onde sou feliz. Quero agradecer a todos.”
Os resultados das duas últimas partidas, contra Internacional e Unión, uma derrota e um empate, respectivamente, influenciaram o rendimento do segundo técnico mais longevo no clube.
A torcida tricolor vaiou e xingou o rendimento do time durante esses dois jogos.
Durante a conversa com a cúpula, o treinador identificou a queda de produção da equipe após a conquista do título do Campeonato Carioca sobre o Flamengo.
“Essa dor que eu estava sentindo estava mexendo com meu emocional, minha vida mental. Isso me deu preocupação, mas acima de tudo me deu tristeza, infelicidade. E eu não posso ajudar o Fluminense estando infeliz. Eu levo mais uma vez, com muito mais força, esse clube no meu coração, essa camisa, essa marca de jogos que me enche de orgulho. E digo a todos vocês: continuem sendo tricolores, continuem sendo aquela torcida diferente que vocês são”, declarou.
Anteriormente ao Fluminense, Abel treinou o Lugano na temporada 2021/22. Agora, o futuro do treinador, de 69 anos, certamente não será como treinador no futebol brasileiro.
O desejo do técnico, que pretende embarcar com o grupo tricolor para Curitiba, onde enfrentará o Coritiba, no próximo domingo (1), pelo Brasileirão, é assumir outras funções ou treinar equipes do futebol do exterior.
“Como treinador não me verão mais aqui no Brasil. Eu já tive convite para outras funções, vamos ver o que vai acontecer. Sempre surgiu a possibilidade lá fora, aí são outros 500, porque também não tem essa quantidade de jogos”, aponta.
Abel venceu 17 dos 26 jogos onde comandou o Tricolor das Laranjeiras.