Alexandre Mattos rebate crítica sobre sua presença em times com ‘bala na agulha’
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O Tempo
8 de julho de 2020 – 10:19
O diretor de futebol Alexandre Mattos, hoje no Atlético, ganhou destaque, nos últimos anos, à frente de times que contavam com importante aporte financeiro, como Cruzeiro e Palmeiras. Uma das exceções de realidade econômico vantajosa foi no América, onde começou sua carreira em 2005. Apesar de ter ajudado os clubes a ter uma realidade positiva, propiciando a contratação de muitos bons jogadores, além de títulos, ele lembrou, em live do jornalista Olivério Jr. que o cenário não era muito favorável quando desembarcou nestes clubes. A resposta veio após um internauta dizer que ‘era fácil trabalhar em times com dinheiro e que gostaria de ver o que ele faria à frente do Santos’. Em 2020, Mattos chegou no Atlético com o clube enfrentando graves problemas financeiros e tendo ajuda de Rubens Menin, empresário e presidente da MRV, que fez a diferença para que importantes contratações fossem feitas. Confira abaixo um resumo do que Mattos falou sobre cada um dos quatro clubes em que trabalhou no futebol brasileiro: América “Quando cheguei, o clube devia sete meses de salários, não participava sequer de torneio nacional. Estávamos na segunda divisão do Campeonato Mineiro. Deixei o time na elite estadual com legado de processos profissionais, muita coisa da minha época ficou até hoje. Cruzeiro “Engana-se quem acha que clube estava bem quando cheguei. Em 2012, o clube vivia sua pior crise em 30 anos, com salários atrasados pela primeira vez depois de 30 anos. Em janeiro de 2012, os jogadores chegaram a fazer uma carta como protesto. A crise técnica era enorme, o Cruzeiro tinha um dos piores times possíveis. O teto financeiro era de R$ 50 mil. Precisamos de esforço e muita criatividade para mostrar um time que, depois, gerou receita, conquistou títulos, fez sucesso com o programa de sócio-torcedor, uma série de coisas fantásticas que foram conquistadas pelo Cruzeiro. Quando o time foi levantar a taça de 2014, os jogadores me chamaram para eu levantar o troféu, disseram que aquela taça era minha. Aquilo foi um gesto de valor inestimável” Palmeiras “O Palmeiras não tinha dinheiro quando cheguei em 2015. A estrutura física era uma das piores da história. Em uma semana, falei para o presidente Paulo Nobre que aquela estrutura era precária. Os jogadores tinham que ir na churrascaria almoçar, não tinha área para tomar café, a área para tomar banho era precária e isso precisava ser mudado. Falei com ele que precisávamos de R$ 20 milhões para construir um centro de excelência e assim foi feito. A Crefisa apoiou muito e o Paulo também ajudou para completar o que faltava. O Palmeiras não tinha um elenco de qualidade técnica boa, não tinha base, além de uma dívida de R$ 220 milhões que foi feita com o Paulo Nobre e paga durante o período em que eu estive no clube após sua saída” Atlético “Vive um momento atual delicadíssimo financeiramente, com receitas beirando zero em 2020 e 2021. Em 2015, o clube antecipou receitas do Mineiro de 2019 e 2020. Hoje temos um atleticano ajudando o clube e somos gratos a ele, que vai construir uma arena espetacular. O Menin quer que o clube chegue em um nível de protagonista e ele nos ajuda pensando nisso. Não temos recursos e vamos ter que criar, fazer um grande esforço para estar em outro patamar em dois ou três anos”
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