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Na montanha-russa de emoções que é jogar no Flamengo, Arão quer mais: ‘Objetivo é conquistar tudo de novo’
Na montanha-russa de emoções que é jogar no Flamengo, Arão quer mais: ‘Objetivo é conquistar tudo de novo’
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Lance
27 de julho de 2020 – 14:30
Outrora questionado, Willian Arão deu a volta por cima no Flamengo dentro de campo. Hoje, como jogador mais longevo e que mais vestiu o Manto do atual elenco, o camisa 5 tornou-se referência para aqueles que se juntam ao elenco, sendo contratados ou vindo das divisões de base. O papel de liderança é bem recebido pelo volante, que, em entrevista exclusiva ao LANCE! fez um balanço de sua trajetória pelo clube. “Uma montanha-russa de emoções”, definiu Arão.- Costumo brincar que seria uma montanha-russa de emoções (risos). Já vivi tantas coisas aqui… Cheguei em outro momento do clube, que agora estamos vivendo um outro. Já tivemos tantas coisas aqui, que se pudesse resumir seria essa frase: uma montanha-russa de emoções – afirmou o volante de 28 anos.No Flamengo desde 2016, Arão soma 241 jogos pelo Flamengo e já conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro e da Libertadores, em 2019, da Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil, em 2020, e três Cariocas (2017, 2019 e 2020).Hoje titular absoluto, o camisa 5 pode ser considerado o grande símbolo da transformação feita por Jorge Jesus nos 13 meses que esteve à frente do time. Grato, Arão falou sobre a saída do técnico do Flamengo, além de comentar como receberia um convite do Mister para juntar-se ao Benfica. A imprensa portuguesa vem noticiando que o volante interessa ao clube desde o acerto com o treinador, mas o camisa 5 garante: está 100% focado no Rubro-Negro.- O convite seria recebido com muito respeito e com muita alegria. É sinal de que está fazendo o seu trabalho bem feito ter o interesse de outros clubes. Mas, hoje, eu não tenho nada, minha cabeça está sempre focada 100% no Flamengo, e. além do mais, tenho contrato longo e estou muito feliz no Flamengo. Receberia com respeito, mas hoje minha cabeça está voltada para o Flamengo – afirmou Arão, que tem contrato com o Flamengo até 2023, ao L!.Confira abaixo a entrevista exclusiva completa de Willian Arão ao LANCE!.
Você é o jogador do atual elenco que está há mais tempo no clube. Por isso, além do bom desempenho em campo, sente-se como uma referência do grupo? Gosta de ocupar esse papel de liderança junto aos mais jovens, por exemplo?Eu gosto desse papel. Na verdade, ele é inevitável pelo tempo de clube que tenho, por ter vivido tantas coisas nesse clube, então você se torna uma referência para os mais jovens, uma referência para quem está chegando, porque você já conhece muitas coisas. Isso é inevitável.São 241 partidas pelo Flamengo. Você já está entre os 30 que mais vestiram a camisa do clube. Como vê esses números? É algo que você procura ficar por dentro também?Eu gosto de ficar por dentro, mas não procuro. Sabia que tinha jogado 241 partidas, não sabia que estava entre os 30 que mais vestiram o Manto. É uma informação nova e, se Deus quiser, vou continuar vestindo, vou continuar jogando e vivendo grandes coisas com essa camisa. Ganhar grandes coisas ainda, quem sabe. Não sei quantas partidas o primeiro tempo, mas eu quero fazer o máximo de partidas que eu puder com essa camisa que gosto tanto, honro e defendo com a minha vida.Três Cariocas, Brasileiro, Libertadores, Recopa, Supercopa do Brasil…Você já conquistou tudo isso e seu contrato vai até o fim de 2023. O que você almeja para as próximas temporadas? Tem algum objetivo em especial?Meu objetivo é conquistar tudo de novo. Conquistar a Copa do Brasil, a qual eu fui vice, o Mundial, na qual fui vice, e o resto tudo de novo. Brasileirão, Libertadores… Tudo. Esse é o meu desejo e é o desejo do Flamengo, que entra em todas competições pensando em ser campeão. É o que busco.Foi nítida a sua importância na “saída de três” e, sem a bola, nos desarmes. Como avalia, taticamente, a sua evolução com Jorge Jesus?Taticamente foi muito boa. Ele me ensinou grandes coisas. Não só a mim, mas para o time todo. Questões táticas, técnicas, de posicionamento. Todos nós fomos privilegiados de ter trabalhado com ele.Jesus brincou sobre você ir de “patinho feio” a “patinho bonito”, além do meme “tá mal, arão”, no início da Era Jesus. Como encara os apelidos e brincadeiras nas redes sociais? E se você pudesse definir-se com um adjetivo ou apelido, qual seria?Encaro muito tranquilo, ainda mais no mundo de hoje em que sabemos que qualquer frase vira meme, careta vira meme. Eu sei que isso é o mundo de hoje e não posso levar em consideração isso. O que preciso levar em consideração é o meu desempenho. Eu não ligo pros apelidos, sou bem tranquilo em relação a isso.Quando vocês, jogadores, souberam da saída de Jorge Jesus? Pergunto isso porque, ali na comemoração do título carioca, vocês fizeram muita festa para ele… Era uma despedida?Não lembro o dia exato que soubemos da saída do Mister, mas isso foi após o título carioca. Até lá ele não tinha falado nada para nós, acredito que para a diretoria também. Ali foi mais um carinho mesmo, de poder levantar mais um título. De um jeito ou de outro, se ele fosse embora como foi, foi a última pelo Flamengo. E se não fosse seria a última essa ano, porque não temos mais títulos esse ano. Então foi só uma forma de demonstrar esse carinho por ele.O próximo adversário do Flamengo é o Atlético-MG, de Sampaoli, o último treinador que derrotou vocês no Brasil. Vê o Galo, com muitos reforços para 2020, como um dos favoritos ao título também?Vejo o Galo como um dos favoritos ao título. Eles se reforçaram, tem um técnico que já demonstrou ser muito bom, então acredito que vá ser um dos favoritos ao título, sem dúvida nenhuma.Já consegue projetar o Flamengo, ainda sem um substituto de Jesus, para este Brasileiro? E o fator torcida (sem público), vai interferir, na sua visão?Hoje quem está comandando é o Mauricinho, que também é muito capacitado, ganhou tudo na base. É um profissional capacitado, se não fosse não estaria no Flamengo. Vamos trabalhar com ele, seguir suas ideias, e se vier outro vamos fazer o mesmo. Sobre a torcida, temos que nos acostumar. É um ponto importante, sem dúvida. Jogar com 70 mil pessoas te apoiando é muito bom, mas a realidade hoje é diferente. Temos que nos adaptar, já estamos adaptados. Jogamos cinco ou seis jogos sem torcida e sabemos que a gente tem que entrar mais atento, mais ligado, mas não acredito que irá interferir não.
Fonte: Lance
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