A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) colocará em cheque a aplicação de punições esportivas contra os clubes, os quais tenham torcedores que demonstrem comportamentos racistas, a partir da temporada 2023. O presidente da entidade levará a ideia ao Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro, coletivo formado pelas agremiações participantes da competição.
“O evento é um marco para o início de uma série de iniciativas que vão discutir de uma forma mais profunda o combate ao racismo e à violência no futebol. É um gesto histórico para dar um basta contra o racismo e a ignorância no futebol. Além do evento, vamos fazer uma série de ações nos estádios nesta semana para conscientizar o torcedor. Chega de discriminação”, explicou o gestor.
O Conselho Técnico já soma, desde a criação, articulações importantes no ambiente desportivo. A exemplo da venda de mando de campos, cujo qual aprovou, incialmente, no ano passado e, posteriormente, derrubou no ano seguinte o limite para a troca de técnicos.
A intenção será anunciada nesta quarta-feira (24) por Ednaldo, no decorrer do primeiro Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, organizado pela CBF. “Foram 31 casos em 2020 e 64 em 2021. Esse é o número de casos de racismo no futebol brasileiro ou com atletas brasileiros em competições sul-americanas”, apontou o fundador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.
Na sede da CBF, o evento terá personalidades como o cantor Gilberto Gil, como convidado de honra, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.