A manobra para contratação de Davó não constar no balanço do Corinthians
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Blog do Paulinho
13 de julho de 2020 – 14:06
Revelado pelo Blog do Paulinho há alguns dias, o ‘Caso Davó’, em que o Corinthians está sendo acusado de concorrer para fraude à execução, protagonizada por cartolas do Guarani em suposto conluio com o agente de jogadores Fernando Garcia, além de expor o clube a mais um episódio lamentável de nebulosidade administrativa, poderá gerar prejuízo na casa dos R$ 2 milhões (valor dos direitos do atleta).
Em ofício enviado, há pouco mais de um mês, à Justiça, o departamento jurídico do Timão admite ter comprado o atleta de terceiros.
O terceiro era Fernando Garcia, irmão de Paulo Garcia, dono da Kalunga, candidato a presidente do Corinthians.
A negociação, desde o início triangulada, se deu, de fato, em 10 de setembro de 2019, quando Davó assinou destrato com o Guarani, amparado em acerto de R$ 700 mil, que viria a ser depositado, com dinheiro da Elenko Sports, sete dias depois:
Em outubro de 2019, a imprensa, fomentada pelos próprios negociantes, já noticiava que o Corinthians mantinha interesse no jogador:
Tratava-se de evidente preparação pública para um negócio que já estava sacramentado entre o Corinthians e seu intermediário de estimação
Em sequência à simulação, Davó permaneceu, apesar de vendido, com os direitos federativos vinculados ao Guarani até a virada do ano, ação suficiente para que o negócio não constasse no balanço alvinegro, evitando questionamentos que surgiriam quando da obrigatória publicação.
Indício de ‘maquiagem’ contábil sustentada em contrato de gaveta.
A rescisão oficial do atleta com o Bugre, segundo o BID da CBF, ocorreu logo após a virada do ano, em 09 de janeiro de 2020 e a inscrição no alvinegro, no dia seguinte.
Com a manobra, na atual prestação de contas alvinegra, Davó – que, apesar da pouca idade, rodou por sete clubes antes do ‘interesse’ do Timão – não consta da relação de jogadores com direitos vinculados ao Corinthians, muito menos há menção aos pormenores do negócio (para quem e quanto o clube pagou?), que serão inseridos apenas em 2021, após Andres Sanches, convenientemente, deixar a presidência:
Abaixo, duas notificações da RDRN, credora do Guarani, datadas de novembro e dezembro de 2019, alertando o Corinthians da impossibilidade de compra de Davó, que estava com os direitos econômicos penhorados, demonstram bem o período real do negócio
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